sexta-feira, 13 de julho de 2012

Prost não gostou nada do seu papel de "vilão" no filme do Ayrton Senna


O francês Alain Prost não gostou de sua participação no filme "SENNA". Claro que já esperávamos por repercussões negativas do francês, que invariavelmente em qualquer trabalho em homenagem ao piloto Ayrton Senna será retratado como o rival de talento, mas que apelava para a política e jogo de nervos para desestabilizar o adversário, principalmente o brasileiro.

Prost iria reclamar de qualquer forma, faz parte da sua personalidade, porém, desta vez ele o fez após afirmar que não tinha visto o filme e nem o veria. Pura demagogia do francês.

O piloto esteve presente ao festival de Goodwood na Inglaterra. Evento que reúne anualmente dezenas de carros de competição antigos, sobretudo carros de Fórmula 1. Em uma entrevista para a ITV, Prost chorou as mágoas com relação ao filme e, claro, destilou o seu veneno para o pessoal que produziu o documentário.

Segue a entrevista, onde de início foi perguntado ao ex-piloto se concordava com a forma do qual o filme foi produzido:

"Absolutamente não. Não, eu não concordo em absoluto."


"Eu diria que estou realmente chateado de certa forma. E te digo o porquê em 30 segundos. Porque eu passei muito tempo filmando. Passei muitas horas tentando explicar as coisas."

"Tivemos um Ayrton Senna antes da Formula 1, tivemos um Senna quando lutávamos na Formula 1 e tivemos um Ayrton Senna quando me aposentei."

"E depois temos o lado humano da história com duas personalidades. As pessoas entenderiam muito melhor o que aconteceu quando estávamos lutando. Por que ele estava lutando daquela maneira, e teriam entendido muito mais os últimos três ou quatro meses em que ele telefonava para mim praticamente uma ou duas vezes por semana. Fazia perguntas, me pedia para voltar para a GPDA, fazia perguntas sobre a Williams, sobre segurança, sobre a vida pessoal. Muitos grandes segredos que eu nunca direi a ninguém."

"Seria bom ter visto tudo isso, foi tudo feito com muita pressa. E no final eles quiseram fazer uma coisa comercial do tipo mocinho e bandido. Eu não me importo muito em ser o bandido."

"Mas o que me importa é olhar o que temos aqui. Estamos em Goodwood, temos um monte de fãs, é a história do automobilismo. Eu teria adorado ter este final da história."

"No final do dia é o lado humano que importa. Caso contrário, você não tem história, não tem tradição, o que é realmente uma pena."

Normal e esperada as reações do francês... Vale dizer que reconheço em absoluto seu talento e quanto ele foi primordial para a carreira do Ayrton na posição de rival nas pistas, mas fora delas... Puta Pelé viu... De boca fechada é fantástico!


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