sábado, 12 de janeiro de 2013

E se a Lamborghini tivesse acertado com a McLaren para 1994...

Nesta primeira postagem de 2013, vou trazer um fato que talvez alguns amigos ainda desconheçam, mas se trata dos testes feitos pela McLaren com motores produzidos pela Lamborghini, que buscava equipar o time inglês na temporada de 1994.

Os testes ocorrem em 1993, nas pistas de Silverstone (Silvastone para os íntimos) e Estoril em Portugal. Os pilotos Ayrton Senna, e Mika Hakinen utilizaram um carro sem pintura e patrocinadores, apenas o adesivo da fornecedora de pneus Goodyear estava presente no carro, e claro, o logo do Banco Nacional no capacete do Ayrton.

O motor era um Lamborghini V12, o mais leve e pequeno construído até então. A aproximação entre a McLaren e fábrica italiana fez com que a equipe preparasse um carro especialmente para os testes, denominado McLaren MP4/8 B. O primeiro teste foi realizado numa segunda-feira, 20 de setembro, em Silverstone, à portas fechadas, com Ayrton Senna e Mika Hakinen ao volante.


O segundo teste ocorreu em outubro, no autódromo de Estoril, aberto ao público e imprensa. Ayrton Senna teve impressões animadoras sobre os propulsores. "É muito bom, mas precisa de maior potência porque não é sofisticado. Mas eu estou certo que será um ótimo motor para a próxima temporada. Seria muito interessante correr com os V12 no Japão", declarou Ayrton à imprensa na época, deixando claro que gostaria de ver o motor em uma prova ainda em 1993. Ron Dennis, o chefe da McLaren, tratou de jogar água fria nas pretensões do brasileiro, negando qualquer possibilidade de acordo "corrida a corrida".

Para se ter uma ideia da força do motor, comparado ao raquítico Ford V8 que equipava a McLaren de Senna, o finlandês Mika Hakinen, marcou um tempo 1,4s mais rápido na pista de Silverstone, frente ao motor que a equipe utilizou o ano todo, do qual não tinha nenhum contrato de parceria e colaboração tecnológica com a McLaren.


No final do ano, Ron Dennis surpreendeu a todos com um anúncio de que firmara um contrato de fornecimento de motores com a Peugeot, descartando a Lamborghini, o que provocou revolta no presidente da Chrysler Tom Kowalesky, marca que era dona da Lamborghini na época. "Estamos desapontadíssimos. Nós trabalhamos duro nos últimos meses, incluindo um intenso programa de testes com a TAG Eletronics e a McLaren. Nós tínhamos um acordo forte para continuarmos juntos no futuro. A decisão nos mostra como é de fato a Fórmula 1".

Em novembro, decepcionada com as atitudes dos dirigentes da categoria, os americanos da Chrysler venderam a equipe Lamborghini para investidores da Indonésia, que seguiu por mais um ano equipando a equipe Larrousse, para desaparecer do cenário no final de 1994, sem nunca mais ter voltado para a categoria.


Ayrton Senna assinou então com a Williams-Renault para 1994, e tudo aconteceu da forma que aconteceu...

E se a McLaren tivesse honrado o compromisso em curso com a Lamborghini? E se...

Mika Hakinen virou 1,4 segundos mais rápido com o motor Lamborghini V12 em Silverstone


Um comentário:

flaviofelinto disse...

Bastava a Lei Italiana ter sido cumprida, com a morte no acidente de sabado, a corrida era para ter sido cancelada, mas como o poder economico foi mais forte isso não ocorreu.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...